A menopausa precoce, também conhecida como falência ovariana prematura, ocorre antes dos 40 anos de idade e acomete 1% das mulheres, ou seja, os ovários param de liberar óvulos (ovulação) em intervalos regulares, devido à diminuição da produção de hormônios femininos estrógenos e progesterona, que tem ação protetora sobre os ossos e o sistema cardiovascular.
Como resultado, a mulher deixa de menstruar e, possivelmente, não pode mais engravidar de forma natural.
O primeiro sintoma da menopausa precoce é a menstruação irregular antes dos 40 anos de idade, que pode ser percebida através de ciclos menstruais mais curtos ou mais longos, ou ainda ausência da menstruação.
Após isso, os sinais e sintomas são os mesmos da menopausa natural, tais como:
- Ondas de calor;
- Oscilações de humor;
- Mudanças urogenitais;
- Alterações do sono;
- Ganho de peso.
Por causa da diminuição dos níveis de alguns hormônios, a menopausa precoce pode causar algumas complicações, como:
- Ansiedade e depressão;
- Infertilidade;
- Síndrome do olho seco e doença da superfície ocular: Ambos podem causar desconforto e visão turva. Se não tratadas, essas condições podem causar danos permanentes nos olhos;
- Doença cardíaca: níveis mais baixos de estrogênio podem afetar os músculos ao redor das artérias e aumentar o acúmulo de colesterol na parede dos vasos. Esses fatores aumentam o risco de aterosclerose (endurecimento das artérias);
- Hipotireoidismo: A tireóide é uma glândula que produz hormônios que controlam o metabolismo e o nível de energia do corpo. Por isso, baixos níveis de hormônios da tireoide podem afetar o metabolismo e causar falta de energia, lentidão mental, entre outros sintomas;
- Osteoporose: O hormônio estrógeno ajuda a manter os ossos fortes, e com a diminuição ou falta deste hormônio, as mulheres tem um risco maior de desenvolver osteoporose, doença óssea que deixa os ossos frágeis, mais sucetíveis à fraturas.
Não existe um tratamento capaz de restaurar o funcionamento normal dos ovários, porém existem tratamentos, como:
- Terapia de reprodução hormonal: evita os efeitos colaterais da baixa produção de hormônios;
- Fertilização in vitro: alternativa para mulheres que desejam engravidar e não esperavam sofrer de menopausa precoce;
- Estrogênio vaginal: pequenas doses de estrogênio dentro da vagina podem ser usados para aliviar a secura;
- Exercícios e dieta adequada: caminhar, pedalar e exercícios de fortalecimento muscular aliados a uma alimentação balanceada podem melhorar consideravelmente os sintomas da menopausa precoce, priorizando a ingestão de alimentos ricos em cálcio para diminuir os riscos de osteoporose;
- Antidepressivos: em casos de mulheres que não podem tomar hormônios, podem ser prescritos outros tipos de medicamentos para aliviar, por exemplo, as ondas de calor. Esse é o caso dos antidepressivos.
Mas, o importante é ficar atenta, recebendo o acompanhamento de um ginecologista.
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